sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Melodia aprisionada


"Ninguém sabe por que os pássaros cantam.
Sabe-se apenas que pela beleza do canto, muitos deles são aprisionados.
E passam a cantar em gaiolas, como se fosse possível prender sua música ou confinar a pura, simples alegria do canto.
Uma coisa é certa: os pássaros não cantam para que os homens escutem.
Cantam porque este é o seu dom e seu mistério.
Cantam mesmo que ninguém os escute.
Por que o canto é a linguagem do pássaro, claro poema do amor a toda criação.
Linguagem maior do que as nossas palavras, capaz de nos fazer calar.
E já silenciamos.
O importante é escutar".

domingo, 21 de agosto de 2011

Procura-se um par de chinelos.

Procura-se um par de chinelos

É impressionante como sempre ouvimos a mesma coisa. Para cada panela velha sempre se encontra uma tampa. Às vezes fico me perguntando por onde andaria o meu par de chinelo? Sim, isso mesmo, meu par de chinelo porque não? Prefiro mencionar dessa forma a falar onde estaria a tampa da minha panela. Eu prefiro acreditar e tento não decepcionar a minha crença quanto a isso, sobre o ditado que diz que para todo pé descalço há sempre um par de chinelo. Mas confesso que ando meio preocupado com isso, se estou sem a pessoa que me completa e que completa os meus passos, onde ele andará? E se quando eu o encontrar ele estiver mais desgastado do que o meu ou vice versa? Será que estará apto ainda para o uso e acessível a minha necessidade?
Espero que o destino não demore em responder minhas dúvidas e aflições, e que realmente não esteja de sacanagem comigo. Afinal de contas também preciso de um par de chinelos, meus pés estão calejados e cansados querendo um pouco mais de conforto e segurança para suportar a caminhada. Reza uma lenda de que o amor é cego, será? Penso que “o pior cego é aquele que não quer ver”. Penso que o amor não é nada cego, e sim consegue enxergar com perfeição cada detalhe de nossa intimidade, do nosso ser. Esteja disponível, deixe o amor enxergar o que há de melhor em sua essência e só assim descobrirá o dom de amar e descobrirá aquele que de fato merece estar ao seu lado, em sua companhia nessa maravilhosa jornada que é a vida, bem assim como ela é.

sexta-feira, 8 de abril de 2011


A cápsula do tempo, uma viagem onde tudo começou.



Convido a vocês a embarcarem comigo numa cápsula do tempo, numa viagem alucinante ao passado, ao mundo da minha infância, onde tudo começou. Prontos para lançar vôo, apertem os cintos e prepare as emoções. Escola Estadual Senador Francisco Nunes Coelho, nossa primeira parada. Foi lá onde iniciei minha vida escolar. O pré-escolar, lembro-me da minha “tia” Meiga, de alguns coleguinhas que fizeram parte de minha turma, lembro-me dos choros de início das aulas, lembro-me do meu amigo “Lucinho” que persistia em chorar muito para não ficar na escola, ele ficava muito nervoso, queria ir embora de qualquer modo. Foi ali no pré-escolar que comecei a traçar as primeiras letrinhas. Seguindo os pontilhados eram formadas as primeiras letras com as quais eu teria contato por toda a minha vida. Foi ali que aprendi a escrever pela primeira vez o meu nome. Os dias da semana ficavam expostos na parede, lembro-me muito bem de como era, havia uma imagem de um trem de ferro, e em cada vagão um dia da semana, todos os dias embarcávamos numa viagem lendo em voz alta os dias da semana juntamente com a “tia”.
Os anos foram passando, as letras eu ia aperfeiçoando e no ensino médio eu já dominava bem a atividade de leitura e escrita. Seguir os pontilhados já não fazia parte de minha rotina. Com meus cadernos muito bem organizados, a letra muito bem feita e legível chamava a atenção de meus professores sempre. Sempre nos era proposto fazer redações sobre temas diversos, sobre o fim das férias, um passeio na fazenda entre outros. Eu gostava muito de ler os textos que eu produzia, e a professora nos dava essa oportunidade de cada aluno poder ler o que escrevera. Nesse período tínhamos muito contato com revistinhas de histórias em quadrinhos, e outros livros diversos disponibilizados na biblioteca da escola. Através das gravuras dos livros eu conseguia viajar e fazer parte dos personagens, como se fosse protagonista da história.
Em casa, na hora de fazer o “para casa” juntamente com minha irmã que sempre cobrava perfeição no traçar das letras eu realizava minhas atividades. Sempre que possível estudava comigo e treinava a letra no caderno de caligrafia.
Todos os dias no caminho para a escola saíamos uma turma de crianças, no caminho brincávamos, nos divertíamos e aprontávamos poucas e boas no percurso. Lembro-me de uns casarões antigos na Rua Capitão Bernardo que fazia parte do trajeto para a escola, tinha umas janelas de madeira enorme, e em cada uma delas ficavam uns bonequinhos de metal “tipo soldadinhos” de cabeça para cima, e sempre que passávamos fazíamos questão de virar os soldadinhos de cabeça para baixo, e ainda tocávamos a campainha das casas e saíamos correndo, pura diversão, enfim, coisas de crianças.
Na quarta série, fui escolhido através de votação na classe para ser presidente do clube de leitura Monteiro Lobato, (quanta honra). Sem modéstia, eu era muito bom para produzir textos e também para ler as histórias de outros autores. Sempre que era possível e que tinha alguma atividade onde tinha algum texto para ser lido em voz alta, lá estava eu com o dedo para cima torcendo para ser visto pela professora. Tinham momentos muito agradáveis de leitura e trabalhos com interpretação de texto, as palavras desconhecidas encontradas nos textos deveriam ser grifadas para ser consultada nos dicionários. E dessa forma meu aprendizado e impolgação com a leitura iam aumentando paulatinamente.
 Chegava-se o fim de ano, uma pequena e charmosa formatura encerrava a minha estadia naquela escola que foi de muita valia em meu processo de alfabetização e em minha formação de leitor/escritor. Ali vivi parte de minha infância, eu conhecia muitos alunos que ali estudavam e estava sendo difícil para eu imaginar que teria que ir para outra escola continuar meu processo de formação, mas com muito pesar de deixar minha escola para trás continuei a viagem e deparei com a próxima parada.
Escola Estadual Odilon Behrens, quanta tensão, escola nova, pessoas novas, vida nova. Nada parecido com a escola onde eu havia cursado todo meu ensino médio. De - repente senti-me deslocado, mas aos poucos pude conhecer o terreno e até me habituar com o desconhecido até então. Quinta série, na sala de aula os conteúdos parecia uma revisão daquilo que eu havia aprendido na antiga escola, mas aos poucos tudo começou a ficar complicado, regras e mais regras começam a surgir, o português ficou mais complicado, a matemática que até então não era nenhum bicho de sete cabeças passou a ser, começou a ganhar letras junto aos números, eu não entendia por que usar letras junto aos números para somar. (chateação pensava comigo)
Os textos começaram a ser mais complexos, os livros cada vez mais difíceis, necessitavam de leituras minuciosas, boas interpretações.
Os anos passaram, as séries foram ficando para trás. Comecei a trabalhar e tive que estudar durante a noite, cada vez mais o tempo para ler e dedicar com intensidade aos estudos me faltava. Eu tinha que dedicar apenas o tempo livre entre atividades sociais e estudar, mesmo assim não desanimei. Saia do trabalho corria até em casa, tomava banho e fazia um lanche rápido que já me esperava pronto feito por minha mãe. E assim permaneci nessa luta durante uns três anos, mas no ano de 2000 tive a honra e orgulho de me formar no terceiro ano do segundo grau.
 Após a formatura permaneci alguns anos sem estudar, sem fazer cursinho. Apenas procurava ficar informado sobre a atualidade, e sempre que podia eu lia livros, jornais, revistas entre outros.
No ano de 2008 prestei vestibular para o curso de Licenciatura em Pedagogia pela Ufop na modalidade à distância, e graças á Deus o aprendizado que eu tive durante meu tempo de escola me valeu muito nesse vestibular, passei e hoje estou cursando o 6º período do curso.
Para finalizar, faremos uma “parada” no pólo de apoio presencial em Divinolândia de Minas, onde sou universitário da Universidade Federal de Ouro Preto, e que continuo na busca constante do aprendizado, sendo um protagonista em busca de me tornar cada vez mais um leitor crítico, e um autor de textos com coesão e coerência na busca contínua do aprendizado.
E quem quiser poderá continuar viajando comigo, pois o destino em busca do conhecimento e da aprendizagem é inatingível, estarei sempre pronto para viajar em busca de novas descobertas, em busca de aperfeiçoamento e de qualificação em minha formação enquanto futuro educador.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Quinta sangrenta.


Quinta feira, 07 de abril de 2011.
O dia amanheceu encoberto de sangue na cidade “Maravilhosa”, sangue dos inocentes, sangue de crianças que brincavam de se educarem, se educarem para viver melhor em sociedade, para atingir algum sonho, serem capazes de enfrentar de frente as dificuldades que a sociedade lhes oferece, brincavam de conhecer o desconhecido. Mas infelizmente, o sonho de algumas dessas crianças terminaria ali, naquela escola, naquele dia. A morte literalmente veio de “preto”, um ex aluno da escola Tasso da Silveira na zona oeste do Rio de Janeiro, trajando roupas pretas simplesmente entrou disparando bala sobre crianças inocentes, veio programado para matar e preparado para morrer. Uma carta trazida consigo, talvez tente explicar ou consolar os pais inconsoláveis que não terão seus filhos sentados á mesa no almoço. Tristeza, revolta, e desconsolo, esse foi o cenário que marcou o dia de pessoas que buscavam por notícias de seus filhos, amigos ou apenas daqueles que se mobilizaram com as cenas deprimentes que marcou um dia cinzento na sociedade brasileira. Cidade “maravilhosa”, lá do alto o Cristo de braços abertos observava... Indignado, na vontade de apontar o dedo e perguntar por quê?  E assim, permaneceremos sem resposta, o que levaria um ser “humano” a agir dessa forma? Certamente, creio que não há respostas. Só lamento. Mais uma vez a protagonista da história foi a violência, a falta de respeito e desumanidade. Lanço ao vento uma pergunta: Até quando? Até quando teremos que conviver com tamanha brutalidade. Esses pais, familiares e todos os brasileiros que hoje sofrem essa perda, certamente jamais irão conformar com essa dor, apenas poderão amenizá-las com o tempo, mas terão que conviver com sua existência em seus corações e memória para sempre.
“O tempo cura as feridas do corpo, o tempo só não cura as feridas invisíveis” Nelson Mandela.

Fabiano Pacheco

domingo, 27 de março de 2011

O meu aniversário!










"Nunca pensei que desejaria felicidades a mim mesmo
E hoje prestes a fazer aniversário
Me pego,desejando-me Felicidades.
É estranho alguém desejar o melhor para si mesmo
Mas é o que no momento me ocorre.
Desejo que minhas vontades sejam todas satisfeitas!
Afinal, a data é importante porque Eu nasci.
Dos pais e irmãos desejo a compreensão costumeira,
Dos grandes amigos, total dedicação;
Dos amigos distantes as ótimas recordações.
Que todos me visitem, tragam presentes ou mesmo telefonem( afinal mereço né gente)
Mas que não se esqueçam desta data.
Que meu interior alcance a perfeição;
Minha fé nunca se abale,
Minha esperança nunca esmoreça.
Que o espírito de menino jamais se vá,
O corpo de homem continue atraente
E nunca me falte inspiração.
E sobretudo que Deus Continue ao meu lado,
Não só neste meu aniversário
Mas em todos os outros que ainda me restam.
Feliz Aniversário para mim, afinal
Sou merecedor de grandes realizações.
 e por fim...dedico um brinde, a mim né gente, claro, afinal o niver é meu.
Tim Tim! felicidades para mim sempre".

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


                  Nossos Medos


Pelas ladeiras da pequena cidade, sozinho eu seguia. Caminhando entre becos, casarões, equilibrando-me sob as pedras, e me escondendo sob a beira de seus telhados antigos devido à chuva que sem anunciar se pôs a cair. Eu parecia ser o único ser vivo a caminhar naquela cidade, só se via clarões de lampiões, o ringirem das portas e janelas, as namoradeiras que simplesmente persistiam em estampar um sorriso em suas belas faces, e também se podia ouvir o latir dos cachorros que pareciam assustados com alguém ou alguma coisa. Nunca tinha parado para observar o quão estranho e assustador era aquela cidade ao anoitecer, o silêncio, a solidão, ninguém pela rua nem na praça. A velha igreja mesmo com suas portas fechadas não abria mão de badalar o sino de hora em hora anunciando que o tempo por ali mesmo que de forma quase não notável também passava, as palmeiras pareciam dançar abraçadas devido ao vento. Resolvi parar por um instante para me esconder da chuva debaixo de um puxado que fazia parte do centro da pequena cidade. Foi quando nesse momento percebi uma sombra, senti-me angustiado, pois eu olhava e não via ninguém. Seria alguém me seguindo, pensava comigo mesmo. sem perceber comecei a caminhar mesmo debaixo de chuva. A sombra persistia em me seguir, e o medo começou a nos fazer companhia. Quando dei por mim eu já estava a correr por entre as ruas estreitas da cidade. Eu me escondia, mas a sombra continuava me seguindo,era uma força estranha, algo que assombrava os meus passos. Foi quando pude ver que a sombra que me seguia era um esqueleto, corri mais ainda que eu pudesse me perdi por entre as casas, e o esqueleto continuava correndo atrás de mim, estava realmente disposto a me perseguir. Corri... Corri até não agüentar mais, quando me dei por vencido,sentei-me nas escadarias de um casebre sem entender o acontecido. Até hoje me pergunto, como pude ter sido tão tolo assim, correndo de um esqueleto tendo um esqueleto em mim.

                                                                                            Por : Fabiano Pacheco
Uma vida em 24 horas


È impressionante como tudo acaba tão de-repente... É como água que escapa entre nossos dedos, simplesmente não temos o controle de nada. Jamais pensamos que isso poderia nos acontecer mas num belo dia infelizmente a hora chega...vou lhes contar como tudo aconteceu.Era apenas uma rotina médica como qualquer outra, e eu acabara de sair desconsolado do consultório médico. O sol radiava seu brilho nas águas cristalinas da bela lagoa. No parque todos pareciam tão felizes. Minha vida pareceu ter acabado ali mesmo quando soube através do meu doutor que eu estava sofrendo de uma doença incurável e que eu teria apenas mais 24 horas de vida. O chão parecia me abandonar, de - repente sentir-me caindo, sai cabisbaixo a caminhar pelo parque com os olhos cheio de lágrimas, um nó na garganta que parecia me sufocar, pensava nas tantas coisas que eu poderia ter feito e que jamais poderei fazer, nas pessoas queridas que deixaria para trás, nas tantas coisas que ainda queria fazer, foi quando uma bela moça caminhou-se até mim e perguntou se estava tudo bem comigo, sem pensar eu disse que sim, que apenas estava um pouco triste por motivos banais. A moça com seus lábios sorridentes segurou em minhas mãos e me disse: Não sei o motivo que lhe aflige, mas por favor não fique triste,a vida é bela demais para ficarmos tristes, venha, vamos caminhar um pouco pelo parque.Naquele momento a vida parecia ter voltado a ter sentido para mim.Eu simplesmente estava encantado com aquela moça, de onde teria surgido? Só podia ter sido um anjo que Deus enviou para me buscar, pensava comigo mesmo. Divertimos-nos o resto da tarde, passeamos pelo parque observando os gansos, cada borboleta e as belas orquídeas que perfumavam o parque. Quando menos esperávamos, como um simples toque de mágica nossos lábios de tocaram,foi amor a primeira vista, mas só de saber que aquele seria o primeiro e o último de nossos encontros o aperto visitou meu coração novamente.Convidei a bela moça para um chá em minha casa, onde terminamos nosso dia sentados na varanda observando o sol se pôr. Aquele foi sem dúvida o pôr do sol mais lindo de toda minha existência, talvez por ter sido o último, eu apreciava cada detalhe, cada raio de sol, os pássaros anunciando o entardecer, era o dia que fechava sua janela para a porta da noite se abrir.E a bela moça me olhava com olhos de admiração e seu belo sorriso estampado em sua face. Depois a levei até a sua casa e quando estava para me despedir propus a ela um desafio, propus se ela conseguiria viver um dia sem mim, sem qualquer tipo de comunicação, e a disse que se ela fizesse isso, a amaria pra sempre. A moça aceitou. Ela não ligou ou mandou mensagens pra mim por todo o dia. Sem saber que eu tinha apenas 24 horas de vida, pois sofria de câncer. No dia seguinte a moça foi à casa de seu namorado feliz e ansiosa. Lágrimas caíram quando ela o viu deitado com uma nota ao lado: "Você conseguiu amor. E agora, você consegue fazer isso todo dia? Não sei teu nome e também nem fiz tanta questão em saber, pois eu já sabia que você era um alguém muito especial para mim, você é o meu anjo, e assim chamarei você por toda a eternidade. Eu te amo".

                                                                                   Por: Fabiano  Pacheco
Sonhos Perdidos

Sonhar... Mais um sonho impossível, lutar quando é fácil ceder já dizia Maria Betânia em sua canção. Mundo dos sonhos? Ou seria o mundo das ilusões?
Seria este o grande mistério que enfeita a infância dos pequeninos, que não tem motivos para se preocupar, que não levanta cedo para ir ao trabalho, nem dorme com dor na consciência pelas contas atrasadas, não guarda rancor, ódio, mágoa ou qualquer ressentimento.  Não se sabe ao certo o nome desse mundo que é simplesmente fantástico, com um simples toque de mágica tudo fica divertido, colorido, que arranca gargalhada sincera, e olhares iluminados. Ilusões, sonhos, fantasia. Este é o mundo colorido de sua infância. Hoje você cresceu, mas escute: não perca nunca sua alma de criança. Lá fora a vida pode ser diferente daquilo que você sonhou talvez uma brusca realidade que você nem em sonho imaginaria que pudesse existir. Com o tempo você percebe que aqueles amigos que fez parte de sua infância, que sonhou e planejou como seria a vida depois de adulto não estão mais a seu lado. A vida encarregará de lhe apresentar outras pessoas que provavelmente você irá se identificar, como se juntos tivessem crescidos. Mas não é minha missão desapontá-lo quanto á vida adulta, pois evidentemente que os sonhos continuarão a existir, continuaremos voando num limite improvável, além do imaginário. Ainda bem. Afinal que graça teria a vida sem sonhos, sem desejos, sem fantasias. Nenhuma pode apostar. Talvez seja ele, “o sonho” responsável por mover nossas vidas, e quem sabe o mundo. Mesmo hoje, depois de ter passado pela infância, mesmo nunca tendo deixado morrer a criança que habita o meu ser, continuo sonhando e apostando nas pessoas, naquilo que acredito, e que espero da vida e das pessoas. Mesmo quebrando a cara muitas vezes com pessoas pequenas, que não mereciam o tamanho do sonho que eu tinha a seu respeito, mesmo assim continuo sonhando. Sonho com um mundo melhor, mais fraterno, mais humano e de paz. Não me importa saber se é terrível demais, quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz, mas não deixarei que meus sonhos se percam por onde eu vá, nem deixarei que os mesmos morram ou desapareçam de minha vida. Quero continuar sonhando... Sonhando, fantasiando e vivendo sempre na eterna infância, pois só assim veremos brotar uma flor do impossível chão.